1. Foucault. Foucault era um pensador
brilhante, intelectual profícuo, mas viveu de modo desregrado e dissoluto,
vindo a falecer em 25 de junho de 1984 em conseqüência de uma grave
enfermidade. Sua principal contribuição ao pensamento pós-moderno, deve-se à
noção de que todo tipo de discurso é uma tentativa, daquele que a usa, de
exercer poder e influência sobre os outros e, por essa razão, os textos devem
ser desconstruídos. A noção desconstrutivista de Foucault procede da “virada
lingüística”, abordagem filosófica de fins da década de 60, também conhecida
como estruturalismo.
2. Derrida. O filósofo francês Jacques Derrida foi o fundador
da desconstrução e, após receber da Universidade de Cambridge, em 1992, um
título honorífico, sua tese sobre a indeterminação do sentido do texto
espalhou-se mais facilmente pelo mundo acadêmico. Segundo os estruturalistas e
pós-estruturalistas, o texto de qualquer obra não apresenta absolutamente nada
além do próprio texto. Não existe uma intenção autoral, um propósito pelo qual
a obra tenha sido escrita; as palavras não significam o que o autor pretendeu
ao usá-las, cabe sim, ao leitor dar o significado que tal texto tem para si, independente
do objetivo da obra ou da interpretação que segue os métodos hermenêuticos
tradicionais.
3. Consequências. A interpretação de um texto
bíblico, por exemplo, poderia ter diversos significados, não sendo possível
determinar qual o verdadeiro sentido. Este, não é intratextual (dentro do
texto), mas extratextual (fora do texto). O significado do texto, portanto, é
relativo, não sendo possível jamais chegar à verdade sobre o que ele afirma.
Todo significado ou interpretação de um texto bíblico, na concepção
desconstrutivista do estruturalismo e pós-estruturalismo, é indeterminada, e
por isso mesmo, relativa. Por conseguinte, o estruturalismo, é muito mais do
que um método aplicado aos textos, mas uma corrente filosófica aplicada a
diversas disciplinas, já que todas usam o texto como principal ferramenta de
comunicação.
O desenvolvimento da hermenêutica contemporânea e
sua aplicação à interpretação dos textos bíblicos trazem consigo os seguintes
temas:
a) Desmitologização;
b) Desconstrução;
c) Relativismo;
d) Naturalismo;
e) Existencialismo;
f) Desintegração do sentido;
g) Autonomismo textual.
Nota
[1] Cf. Chamberlain, W.D. Gramática exegética do grego neo-testamento. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1989, p.25.
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